quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Assassina e o Cavaleiro - 2º Cilada

Saori não tardou a dormir. Detestava ter que dormir em hotéis, mas numa noite de acontecimentos estranhos e atentados, não queria chamar muita atenção sobre sua pessoa, partindo no meio da noite para um lugar tão ermo, ou ainda atraindo a atenção de prováveis inimigos para seu Santuário.

Mas para Kamus e Saga não haveria descanso. O ataque sofrido por Saori e sua decisão de permanecer em Atenas naquela noite se tornaram uma preocupação a mais para os dois cavaleiros.

- Fomos descuidados. – comentou Saga – Isso jamais deveria ter acontecido!

Kamus moveu a cabeça concordando.

- Tivemos sorte dessa vez.

- Sorte que você tem bons reflexos, mas não creia que haja uma próxima vez, meu amigo.
- Na verdade eu espero que haja .

Saga sorriu entendendo perfeitamente a intenção do outro. Ás vezes Kamus com seu raciocínio frio chegava a surpreender até mesmo alguém como Saga, tão acostumado a se antecipar aos outros, tanto em pensamentos como em ações.

-Entendo! – disse então dando por encerrada aquela discussão.


Em outro lugar...


Uma câmera digital caia do 12º andar de um apartamento espatifando ao encontro com a calçada. A mulher que a jogou observou satisfeita todo o trajeto exibindo um sorriso por trás do tecido negro que cobria seu rosto. “Finalmente esta foi a última câmera que poderia revelar minha identidade e isso me causaria muitos problemas no submundo. Se bem que o chefe já deveria ter algo em mente para que isso não ocorresse. Tenho tantos passaportes e identidades que chego a duvidar de qual seja a minha verdadeira”. Pensou a mulher. Virando-se para o homem encolhido no canto do quarto, sentenciou em voz ameaçadora:

- Espero que não relate sobre o que aconteceu aqui esta noite para o seu próprio bem. E que também não esteja me enganando sobre não haver outras copias da foto.

- Eu juro que estou falando a verdade. Por deus, não faça nada contra minha família. Meus filhos...

- Por enquanto nem cheguei perto deles. Isso pode mudar se procurar a policia ou qualquer outra pessoa. Lembre-se, não importa aonde vá ou se esconda, sempre os encontrarei.

A mulher mascarada sai da mesma forma que entrou, passando pela janela e escalando as paredes externas. Ao chegar no pico do edifício ela pega um celular discando alguns números a seguir. Depois de uma pequena espera, pergunta ríspida:

- Onde ela está agora?

- Boa noite pra você também. Oh!! Esqueci! Você está tendo uma péssima noite. Amanhã finalmente saberemos como é seu rosto.

- Espere sentado então. Vá logo ao que me interessa.

- Pelo que vejo já deu seu jeitinho sutil. Era de se esperar de uma profissional como você. – a pessoa do outro lado da linha grunhiu em resposta e ele imediatamente mudou de assunto – Ela está no Plaza Hotel, quarto 417. Os quartos deste andar estão vazios até amanhã a tarde quando chegará uma excursão vinda da França . Mas não espere passar por toda segurança facilmen... Droga! Como sempre ela desligou.

A mulher colocou o celular no telhado jogando álcool por cima dele, tocou fogo e chutou para que caísse na rua lá em baixo. O aparelho inflamado tocou o solo quebrando-se em varias partes. Ela nem esperou pra ver o resultado. Saiu pulando de telhado em telhado até chegar a seu objetivo. “Não consigo entender como os repórteres podem pensar em constituir uma família. É um emprego que só oferece risco a pessoas próximas. Assim como policiais, promotores de justiça e juizes”. A mulher pensava neste assunto desejando não ter que matar alguém sem necessidade. Observou que o movimento dos seguranças do hotel não deixava uma brecha sequer. Lembrou que varias vezes esteve em uma situação similar a aquela, e mesmo assim conseguira romper todo o esquema de segurança. Só tinha uma coisa que estava incomodando sua mente. Não fazia sentido uma mulher com tanto status social estar ocupando tal quarto mesmo que o hotel fosse caro e luxuoso. Pessoas assim geralmente ficavam em quartos presidências. Não era a hora nem o momento para deixar sua intuição, que as vezes falhava, dominar sua mente com questões como aquela. Possivelmente a garota rica estivesse tentando despistar seu rastro, e tudo o que ela precisava naquele momento era se concentrar na sua missão.

Eis que surge o que ela precisava saber. Sempre ficava um segurança enfrente a porta enquanto os outros dois rondava pelos corredores. Era uma questão de poucos minutos até que voltassem a seus postos. Esperou que retornassem e partissem novamente, calculando assim o tempo que teria para agir. Passou por uma das janelas do corredor entrando imediatamente no quarto à esquerda. Contando os minutos, aguardou pacientemente em completo silencio atenta a qualquer som, até escutar os passos do segurança distanciar novamente. Essa era a deixa. Pegando uma arma no coldre da cintura, já saiu disparando na direção do homem que montava guarde em frente ao quarto. Este nem percebeu o que acontecia mesmo depois de receber dois dardos tranqüilizantes. Antes mesmo que o segurança pudesse esboçar qualquer reação ou cair no chão, ela já tapava sua boca com a mão e o arrastava para o quarto de onde saíra com uma certa dificuldade devido ao peso daquele brutamontes. Voltou o caminho rapidamente e entrou no quarto sem fazer um ruído sequer. O quarto estava escuro, porém, era possível entrever a cama no meio do quarto. Aproximou sacando a faca que era parecida com a outra que havia perdido no meio do tumulto e disse em voz baixa:

- Terá a morte mais rápida e indolor que uma pessoa como você poderia merecer.

Cravou a faca no lugar exato onde seria o pescoço encoberto da pessoa ali deitada. Nada. Esperava um suspiro esganiçado e a faca rompendo a pele, tendões. O que estava acontecendo ali? Debruçou mais um pouco sobre a cama retirando rapidamente o lençol. Como podia ter se enganado com apenas alguns travesseiros? Antes mesmo de sua mente concluir que tinha caído em uma armadilha escutou o sussurro próximo a sua orelha:

- Sabia que não iria me decepcionar.

Assombrada com o poder daquela voz sensual e familiar, virou-se bruscamente. Sua respiração ofegante refletia contra o peito desnudo daquele homem e voltava contra seu rosto. Estava a poucos milímetros dele, e podia sentir o calor que aquele corpo emitia. Seus lábios agora estavam entreabertos sentindo o desejo apossar de cada pedaço de seu corpo. Sua respiração estava ficando descompassada. “O que está acontecendo comigo? Sou pega em uma cilada, e em vez de tentar fugir, fico aqui sem fazer nada apenas sentindo essas sensações sem sentido”. Aqueles segundos de hesitação por parte dos dois foram interrompido quando o homem decidiu abraçá-la com o intuito de prendê-la. A jovem conseguiu desvencilhar-se graças a sua flexibilidade. Abrindo escala, escorregou até ser possível passar por entre as pernas dele. Sabia o quão rápido ele poderia ser, mas parecia que não estava fazendo esforço para pegá-la. Quando pensou que já estava a salvo e que poderia escapar pela janela, sentiu apenas o choque entre os dois corpos. Parecia que havia se jogado contra uma parede de concreto. Ele estava bem à frente da janela, bloqueando seu caminho. “Sua velocidade é sobre-humana!” Sentiu a pressão em seus ombros quando ele a segurou com firmeza.

- Não pretendo mais pegar leve com você, garota. Dei-te varias chances de desistir de cometer essas loucuras que vem fazendo desde o incidente no restaurante.

- Não pedi nenhuma gentileza sua.

- Mesmo? – perguntou Kamus arqueando a sobrancelha esquerda mostrando sarcasmo em sua voz.

- Solte-me ou se arrependerá.

- Não está em condições de exigir nada, mocinha.

A mulher olhou para seus olhos e depois para todo o corpo dele. “Que homem, meu deus!! Droga, no que estou pensando? Estou a mercê dele, e ainda paro para pensar em coisas que nunca tinha feito antes. A única forma de sair dessa é contra-atacando no ponto fraco dele. Mas o único lugar que posso ver agora causaria uma dor que nem gostaria de imaginar. E mesmo que eu tentasse este golpe baixo, ele poderia se defender com toda essa velocidade que tem, e depois poderia ficar extremamente irritado. Já sei!!” pensou a mulher parando de se debater. Kamus logo estranhou aquele sorriso encantador e aquele olhar de puro desejo, imaginando que certamente havia um plano por trás daquela súbita mudança. Diminuiu a pressão que exercia sobre seus ombros pronto para um contra-ataque. Mas o quê ela queria? A resposta veio em seguida. Um beijo que fez o cavaleiro arregalar os olhos sem acreditar no que estava acontecendo. A mulher que tentou matar Saori Kido duas vezes agora o beijava com mais ardor que no inicio, como se tivesse medo de ser rechaçada por sua iniciativa. Kamus sentia que deveria afastar-se dela, mas ao mesmo tempo queria continuar e esquecer seu papel naquele lugar. Estava ficando cada vez mais difícil manter sua mente voltada a suas obrigações ao sentir àquelas mãos pequenas e delicadas percorrendo seu peito. “Por Athena! Se isso continuar assim, acho que vou enlouquecer.” Onde foi parar o Kamus frio e calculista que sempre fora?, se perguntava o cavaleiro de Aquário. Tinha que dar um basta naquela situação antes que ela conseguisse alcançar seu objetivo naquele momento, baixar mais ainda a guarda. “Não!”, gritou em seus pensamentos e reunindo todas as forças que tinha empurrou firmemente a mulher, mesmo escutando seu gemido de protesto, voltando a assumir a feição fria de sempre, conseguindo chamar a atenção que desejava da assassina. O olhar dela queimava de ódio, nem parecia à mesma mulher que a pouco mostrava tanto desejo. Com um movimento rápido ela atirou algo no chão, no mesmo instante uma explosão foi ouvida em todo aquele andar e o quarto onde estavam foi tomado por uma fumaça densa fazendo Kamus procurar um lugar seguro onde pudesse enxergar melhor. No meio da confusão ela tentou escapar pela janela, que certamente estaria bem a sua frente, mas sentiu que mão do cavaleiro havia alcançado seu braço e a detinha.

- Onde pensa que vai? Ainda tem muita coisa para responder.

- Não sou boa nesse jogo de perguntas e resposta. – diz acertando um chute no rosto de Kamus que pego de surpresa acaba soltando a assassina, que aproveita o momento para que aproveita o momento para se jogar pela janela. Logo em seguida Saga entra no quarto e encontra um o cavaleiro de Aquário visivelmente contrariado.

- Kamus você está bem?

- Por que não estaria? Era apenas uma assassina e não algum guerreiro protetor de deuses como nós.

- Certo, já vi que não está nos seus melhores dias. Vejo que não conseguiu pegar a garota. – Agora Saga se mostrava irônico. – Conseguiu ao menos alguma pista?

- Não.

Saga deixou o quarto sem fazer nenhuma observação. Kamus olhou para o objeto que havia retirado da cintura da assassina na hora da fuga e deixado no canto do quarto. Pegando-o, olhou bem conjeturando pra si mesmo:

- Acredito que não seja louca o suficiente para arriscar a ser pega por causa disso. Ela parece obstinada em perseguir suas vitimas até que estejam mortas. Será que ela também pode ser assim em outras questões? Não! Não haverá a próxima vez, e mesmo que houver, não serei pego desprevenido. – ao lembrar-se rapidamente do que havia acontecido agora pouco, meneando a cabeça para afastar aqueles pensamentos. – Aquele beijo nem foi lá grande coisa. Não significou nada pra mim.


Em um apartamento luxuoso


- Droga!! - pestanejava a moça socando o espelho a sua frente - Não acredito em como pude ser tão idiota ao ponto de me deixar levar tão fácil por apenas um beijo... Não, não foi isso! Tenho feito vários trabalhos e todos eles alem de me deixar exausta fisicamente me deixa mentalmente também. Tudo o que eu precisava era de alguém que me entendesse. – olhando para o corte em sua mão disse a si mesma – Aquele beijo não significou nada.

Lavou o corte e tratou de se despir. Nada melhor do que uma ducha fria para clarear sua mente, e isso era uma coisa que realmente estava precisando. “Preciso voltar ao hotel, e encontrar aquilo de qualquer forma. Sei que será perigoso, mas o que posso fazer? Tenho que ir assim mesmo.” Ao terminar o banho, ela se secou, cobriu-se com a toalha e foi ao quarto, retirando alguns papeis do fundo falso da mala preta. Colocou-os encima da mesinha e começou a trabalhar neles por um período de meia hora. Olhou bem o resultado satisfeita, deixou encima da mesinha e se jogou na cama. Exausta como estava, pegou logo no sono.


Continua...

1 comentários:

Saphira disse...

Comentando cap 2 o>

(Eu to atarefada, mas ja q insisti pra nomade atualizar isso, tenho mais eh q ler logo : P)

hum! É isso ae meninas! \o/ Camyu tem q ter um bom raciocinio, já que ele é do signo mais phoda X all! \o/
rsrs ^^/

Uau! O_O Que desperdicio jogar uma camera assim! E ainda mais comigo querendo uma! Y_Y
(A minha ta maluca e tal >_> Vcs duas sabem >_>)
Enfim O_O/
Entao ngm mais pra saber quem ela é? : O
Nhah! Eu quero saber quem eh! >_<

"a pessoa do outro lado da linha grunhiu em resposta e ele imediatamente mudou de assunto"
<~ kkkkkkkkkk curti isso daki :P *medo da assassina*

"Era uma questão de poucos minutos até que voltassem a seus postos. Esperou que retornassem e partissem novamente, calculando assim o tempo que teria para agir."
<~ Meu... isso me lembra varias coisas... Final fantasy, breath of fire, zelda... Detestava as partes de ter de me infiltrar nos lugares :P

"Esperava um suspiro esganiçado e a faca rompendo a pele, tendões."
<~ IUC :SSSSS

Li O_O Dei uma tacada só nessa parte do encontro dos dois O_O
Sinto aqui aquele famoso "clima" *__*
Gostei! *__*
Cavaleiro do signo phoda derretendo seu gelinho *__*
Vou torcer pro Camyu conseguir trazer a assassina para o lado bom da vida! \o/

Devidamente comentado o>

The Saph!!!!! \o/

:)) ;)) ;;) :D ;) :p :(( :) :( :X =(( :-o :-/ :-* :| 8-} :)] ~x( :-t b-( :-L x( =))

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