terça-feira, 30 de junho de 2009

A Assassina e o Cavaleiro- 4º Jogo de sedução

Ela deixou seu corpo cair devagar para trás sob o gemido agudo de uma guitarra que marcava as primeiras notas daquela música. Ainda segurando-a pela cintura, Kamus fez com que ela se levantasse e encarasse seu olhar severo.

–Vai tentar me seduzir de novo?

Ela sorriu deixando as mãos espalmadas correrem pelo rosto bonito do cavaleiro, descendo por seu pescoço, deixando que ficassem por algum tempo sobre o tesouro que brilhava agora meio oculto sob a camisa dele, para então continuar descendo pela barriga firme.

- Gosta de dançar, senhor guardião? - as mãos dela agora desciam perigosamente por suas costas e ele ergueu uma sobrancelha de forma indagadora, quando sentiu as mãos da moça escorregarem pelas suas nádegas.

- Gosto mais eu conduzo a dama. – dizendo isso a envolveu num abraço que fez com seus corpos se colassem de maneira perigosa.

A música se tornou mais intensa e uma bateria cadenciada entraram, coordenando assim os movimentos da assassina e do cavaleiro. Novamente os olhos dela brilharam quando seu pequeno tesouro foi exposto quando a camisa fina do cavaleiro se abriu, mas não podia deixar claras as intenções que tinha com aquela dança e então como uma serpente foi escorregando pelo corpo forte de Kamus até chegar ao chão. Kamus que sabia muito bem o que ela queria mas não tinha a intenção de cair no mesmo truque retomou o controle da situação. Segurou-a pelo braço e num golpe violento a puxou para cima, fazendo com que a jovem ficasse suspensa em seus braços.

-Não vai me dominar tão fácil!

Com essas palavras ela enlaçou a cintura dele com as pernas, o vestido que usava subiu revelando as pernas impecáveis, pernas essas que Kamus segurou com firmeza, enquanto a sentia escorregar até alcançar o chão.

- Mas posso tentar. – dizia com um sorriso sedutor brilhando em seus lábios.

A essa altura do campeonato quase todos que ainda permaneciam na pista já tinham parado de dançar, apenas para observar aquele casal. Não longe dali Aioria olhava para a cena, incapaz de imaginar que um homem como Kamus fosse capaz de dar um show de erotismo com uma estranha ali bem no meio de todo mundo.

- Não se importa com o fato de todos estarem nos olhando agora?

Ela havia conseguido se desvencilhar dele e agora o rodeava com movimentos serpenteantes. Ele a puxa pela cintura deixando-a de costas para ele. A música acompanha o duelo deles.

- Não sou do tipo que se preocupa com esses detalhes. – Eles continuam se movimentando ao som da música, as pessoas ainda olham para eles. Ela deixa sua mão deslizar pelo rosto dele, e Kamus leva aquela mão aos lábios. – Eu sei o que procura.

De forma inesperada ele leva a mão delicada e coloca sobre a jóia que carregava. E então percebe que ela havia parado.

Seus olhos se perdiam em algum ponto da multidão, surpresos, mais que isso apavorados. E antes que Kamus pudesse identificar o causador daquela mudança de atitude, ela sai correndo e se perde no meio da multidão.

Sem pensar muito, Kamus vai atrás dela, a segue pelos fundos da boate e a encontra ofegante num beco, onde apenas alguns cães de rua se deliciavam com as sobras de comida deixadas nas lixeiras. Ela escondia o rosto entre as mãos.

Kamus se aproxima e ela reage imediatamente com um golpe que certamente teria acertado o rosto do cavaleiro se ele não tivesse bloqueado.

- Em outra situação você não teria parado aqui para tomar fôlego.

- Você nunca poderia entender.

- Eu entendo uma coisa, que você tenta matar aquela a quem eu devo proteger.

- Você não conhece meus motivos.

- Talvez se tentasse me explicar.

Ela estava cada vez mais agitada, como se temesse ser pega ali.

- Se eu fizesse isso estaríamos ambos mortos.

O olhar dela buscava todas as direções, como que procurando uma saída.

- Já deve ter percebido que não sou alguém fácil de se matar. Eu poderia protegê-la, Saori poderia protegê-la, basta...

As palavras morreram na boca do cavaleiro. Num gesto inesperado ela apóia a cabeça no peito dele, enquanto as mãos delas se agarram ao tecido da camisa que cede e se rasga revelando novamente o tesouro que ela procurava, mas também o peito forte do cavaleiro.
A tensão entre eles cresce novamente, quando ela levanta o rosto e seus olhares se cruzam. Havia fogo neles.

Kamus afasta uma mecha do cabelo escuro que cobria parcialmente os olhos dela e retém a mão do belo rosto. Não a podia imaginar mais bela.
Um sorriso escapou dos lábios do cavaleiro.

- Sabe de uma coisa, eu a reconheceria em qualquer lugar do mundo e sob qualquer disfarce, apenas por causa desses olhos.

Ela apoiou o rosto na mão do cavaleiro e fechou os olhos. Kamus desceu a mão pelo pescoço dela.

Um soluço baixo escapou dos lábios dela, quando sentiu o cavaleiro exercer uma certa pressão em sua garganta.

- Eu poderia acabar com você agora. – disse, mas ao invés de fazer o que tinha dito, aproximou-se dela, ainda mais, dessa vez para lhe tomar um beijo carregado de uma violência nada típica de alguém como ele.

Ela retribuiu de forma quase submissa, entreabrindo os lábios permitindo que ele a invadisse com sua língua, enquanto as mãos dele agora exploravam cada centímetro daquele corpo, tentando senti-lo da forma mais intensa que conseguia mesmo sobre o tecido que o protegia.

- O que estamos fazendo? – disse ela tentando evocar alguma razão, quando o cavaleiro se colocava entre as pernas dela deixando evidente o quanto a desejava.

- Vai me dizer que não quer tanto quanto eu, Eu vejo como me quer desde aquela noite!

Jogando tudo para o alto, ela se rende. Sente as carícias cada vez mais intensas de Kamus. Sente seu próprio corpo correspondendo. Sente a própria excitação chegando à níveis insuportáveis, quando o cavaleiro, agora com a mão entre as pernas dela a explora de maneira mais intensa. Sente as próprias mãos abrindo a calça do cavaleiro e o acariciando. Sente seu corpo sendo posicionado, sente suas pernas enlaçando a cintura dele, pronta para recebê-lo.

- KAMUS!

A voz de Saga era carregada de reprovação. Ele podia esperar por qualquer coisa, mas jamais por aquele showzinho pornográfico que acabara de presenciar.

Kamus se colocou imediatamente entre o geminiano e a garota.

- Está me seguindo Saga? Que eu saiba você mesmo me deu o dia de folga, e o que eu faço no meu tempo livre ou com quem eu faço só diz respeito a mim mesmo.

Kamus mostrava toda a irritação que sentia, não apenas pelo que Saga tinha acabado de interromper, mas pela possível desconfiança do cavaleiro de gêmeos.

- Não vai conseguir me enganar, sei muito bem quem é ela!

- Sou um cavaleiro de Atena Saga, não um moleque irresponsável!

- Então haja como tal.

Ambos ficaram calados ao ouvir um barulho seguido pelo latido insistentes dos cães.
Olharam em volta, mas não havia nada além dos mesmos cães que agora encurralavam um gato em meio a algumas latas de lixo. Eles se distraem por um segundo e quando voltam a se encarar, Sasha já havia desaparecido.

Saga tentou ir atrás dela, mas foi detido por Kamus.

- O que pensa que está fazendo! - diz Saga indignado com a atitude do aquariano que não estava disposto a deixá-lo sair dali.

- O que lhe dá tanta certeza de que ela é a assassina?

Saga pegou o cordão que pendia do pescoço de Kamus e o arrancou num golpe rápido.

- Achou mesmo que começaria uma caçada solitária e essa mulher sem que eu não desconfiasse? Que tipo de tolo pensa que sou? - disse Saga jogando a peça no chão aos pés de Kamus.

- Não admito que desconfie de mim dessa forma Saga!

- E eu não admito que ponha em risco a vida de Atena, apenas para satisfazer sua libido!

Kamus puxa Saga pelo colarinho e o empurrou contra a parede.

- Não percebe como já está envolvido? - diz Saga empurrando Kamus para trás e ajeitando a gravata. - Quer um conselho, encontre-a e faça todo sexo que for capaz de fazer com ela e volte para o Santuário. A partir desse momento você está fora dessa missão Kamus de Aquário, convocarei Máscara da Morte para substituí-lo.

Kamus não podia acreditar no que está ouvindo, mas logo sua razão falou alto de novo fazendo com que ele não acreditasse no que tinha feito.

Que mulher era aquela que o enfeitiçara de tal forma, se sobrepondo à razão que ele sempre prezara como sua maior virtude. E o que isso havia lhe custado! Mas apesar de tudo atestar contra ele, algo em seu íntimo gritava que ela não era tão culpada quanto parecia. Então como uma promessa a si mesmo, decidiu que como cavaleiro ou não, desvendaria os mistérios que envolviam aquela bela e misteriosa assassina.



Continua...

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